quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Falar do que foi...


No dia 14 de dezembro do ano passado - 2010 - minha mãe ficou muito mal e teve de ser hospitalizada, a princípio levamos ela aqui mesmo em Formosa pra um hospital particular, mas o caso estava se complicando e o médico disse que ela precisaria tomar sangue e não tinham em formosa.
Daí pra frente,levamos ela ao HRAN, e com isso pude passar uma longa einterminável estadia no inferno!
Minha mãe ficou numa maca de 80 centímetros, jogada como se fosse um cachorrinho, foi a noite de sexta mais desesperadora da minha vida,de madrugada lá eu ouvia choros, lamentos, tosses, convulções, ais de todos os tipos, nos dias que se passaram eu vía tanta gente entrando, tanta gente saindo de maca com um lençol jogado por cima para não assustar tanto os outros internados, pessoas morrendo ao lado da maca da minha mãe, pessoas definhando até ficarem parecidas com uma caveirinha, enfim, descobri com todos os requintes de crueldade, que quem acha que é necessário morrer para ir ao inferno, está muito enganado.
Até hoje, ainda acordo assustada, ouvindo gritos, lamentos,ais, desespero e coisas do gênero.
Ver minha mãe naquela situação, sem vida, parando de comer, olhando fixo pra um ponto, praticamente em choque, foi o fim pra mim. Naquelemomento achei que minha iria embora e tudo o que eu pude pedir à Deus foi que ela tivesseuma passagem sem sofrimentos, mas... Ela não me deixou!
Conseguiram uma transferência para a UTI de um hospital particular em Ceilância e lá ela só melhorou e agora estamos em casa!
E agora, nesses 15 dias em que ela está em casa comigo, só consigo pedir à Deus que a conceda a cada dia saúde e saúde, e é claro, só posso agradecer por uma graça tão suprema!

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